O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner fez uma aparição pública em canal de televisão de seu país, Trinidad e Tobago, e afirmou que teme por sua vida diante do envolvimento de seu nome na investigação do FBI do escândalo de corrupção da Fifa.
Além disso, o ex-presidente da Concacaf, alvo da Interpol e da Justiça dos Estados Unidos, prometeu apresentar documentos que revelariam uma suposta relação entre a Fifa e as eleições presidenciais de 2010 em Trinidad e Tobago.
"Eu certamente temo pela minha vida. Coloco meu futuro nas mãos das pessoas. Eu disse a verdade nas minhas declarações. Meus advogados estão fazendo contato com as autoridades, dentro e fora de Trinidad e Tobago, com relação às declarações que eu fiz. Eu permaneci calado. Eu não vou mais fazer isso", diz Warner no vídeo.
Warner afirma no vídeo que "não guardará mais segredos."
"Nem mesmo a morte impedirá a avalanche de chegar. Não há mais volta. Deixem as fichas caírem onde caírem", completa.
O vídeo de Warner foi transmitido horas depois da divulgação da transcrição de depoimento em que o ex-membro do comitê executivo da Fifa Chuck Blazer afirma que ele e outros executivos da Fifa receberam propinas para escolher a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.
"Ele causou o meu fim. Eu não causei isso. Blatter sabe por que ele caiu e eu também sei. Eu nunca recebi nenhum suborno da África do Sul", comenta Warner no vídeo.
Insistindo ser inocente, Warner se apresentou às autoridades de Trinidad e Tobago na última quarta-feira (27) depois que estas receberam um pedido de sua detenção por parte dos EUA.
O ex-dirigente, no entanto, deixou a prisão de ambulância um dia depois, após ser libertado sob fiança, estipulada em US$ 394 mil (cerca de R$ 1,25 milhão), segundo a executiva legal da Autoridade Central do país, Kylene Deosingh.
Os investigadores dos Estados Unidos acusam o governo sul-africano e o comitê de candidatura para o Mundial-2010 de ter pago US$ 10 milhões a Warner em troca de três votos a favor da África do Sul.
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