Na foto: o senador Álvaro Dias e o juiz Sérgio Moro |
POR : WALTER BRITO
Após o carnaval, o nosso país terá mais
dois grandes momentos de muita emoção no ano que principia: a Copa do Mundo e
as eleições do mês de outubro, quando serão decididos os nossos destinos. Por
meio da palavra fácil, com o plano de governo na ponta da língua e praticamente
pronto, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) recebeu a reportagem do Diário da
Manhã, quando mostrou, com todas as letras, que sua candidatura é pra
valer!
Sua experiência administrativa como
governador do Paraná, além de sua atuação na vida pública por mais de quatro
décadas e, sem máculas, certamente o credenciam a pleitear a presidência da
República com chances reais de ir para o segundo turno e até vencer a disputa.
Combatente da corrupção que tomou conta do país nos últimos anos, o
presidenciável luta contra o foro privilegiado e não admite que o país seja de
brasileiros de primeira e segunda classe. Ele complementa afirmando que a
justiça tem que ser igual para todos: para o peão de obra e também para o
presidente da República.
No seu discurso construído de forma
cuidadosa e com um português escorreito, o senador paranaense diz que as
reformas essenciais são fundamentais para o desenvolvimento pleno da nação
brasileira, tais como a previdência social, tributária e educacional. Em seu
entendimento, a economia tem que crescer à medida em que se dá a distribuição
de rendas. Desta forma favorecerá efetivamente todos os segmentos de nossa
sociedade. Veja abaixo a entrevista com o paranaense, que acredita numa vitória
semelhante à de Davi contra Golias.
Perguntamos ao senador Álvaro Dias sobre a
receptividade de suas andanças Brasil afora com vistas ao pleito de outubro de
2018. Ele não titubeou e respondeu de pronto: “Estamos preocupados com a
postura que deve ser adotada, pois o povo brasileiro já sofreu demais. Sofreu
com a corrupção que se alargou com a incompetência do governo. Hoje o povo
espera uma alternativa que possa significar a recuperação de suas esperanças.
Alternativa que possa reviver a fé perdida durante esses anos de corrupção e
incompetência. É grande a responsabilidade e nós não podemos frustrar mais uma
vez a população. Por isso, estamos preocupados, em primeiro lugar, em
apresentar como patrimônio a nossa trajetória e como fizemos. Pretendemos
mostrar para todo o país qual foi o nosso desempenho na administração do Estado
do Paraná. É evidente que para governar o país é preciso ter experiência
administrativa”, disse.
Continua Álvaro Dias: “A população é sábia
e, nas pesquisas de opinião, fica patente que é preciso ter experiência
administrativa e passado limpo. Isto é mais importante que as propostas. Você
pode observar aqui na minha mesa de trabalho, que estes enormes volumes de
papel encadernados são parte de nosso projeto. Estamos elaborando com muita
atenção um plano de governo para apresentar nossas propostas ao povo
brasileiro. Os referidos volumes são subsídios para um projeto que atendam aos
clamores da população nos quatro cantos de nosso país. Com isso, vamos chegar à
opinião pública com o que dizer. Vamos contar para o Brasil o que nós
pretendemos fazer se chegarmos à presidência da República. Esse tem sido o
nosso trabalho, no inicio de pré-campanha eleitoral”, arrematou Álvaro Dias.
ÁLVARO DIAS DESAFIA COLLOR E BOLSONARO
Dissemos para o presidenciável que
Fernando Collor lançou sua pré-candidatura no plenário do Senado, quando falou
de forma clara sobre a mão pesada do Estado na segurança pública. O mesmo tema
é o carro-chefe do projeto rumo ao Palácio do Planalto do também presidenciável
Bolsonaro, que defende com unhas e dentes a segurança pública, inclusive
sugerindo que o cidadão ande armado. Álvaro Dias contra-atacou: “Não basta
falar apenas que vai botar a mão pesada na segurança pública e que o povo
precisa necessariamente de andar armado. Onde estão suas propostas? Até agora
eu não vi a apresentação de propostas de nenhum dos dois pré-candidatos para a
segurança pública, nem dos demais pré-candidatos. Acredito que quem apresentar
propostas, dizendo o que tem que fazer, precisa dizer também como vai fazer.
Dizer de onde virá o dinheiro, pois sem dinheiro ninguém fará nada pela segurança
pública. É preciso dinheiro para equipar as polícias; é preciso dinheiro para
preparar e classificar tecnicamente os profissionais da segurança pública; é
preciso de dinheiro para remunerar bem a polícia, pois polícia mal remunerada
não será uma polícia eficiente”, declarou.
O senador toma um copo com água, conserta
a garganta e continua: “Onde se vai buscar o dinheiro, pois o caixa do Tesouro
Nacional está vazio. Falar em segurança pública começa em Brasília com a
refundação da República. Esta é minha proposta! Nós temos que refundar a
República promovendo uma grande reforma no Estado, enxugando o Estado. Desta
forma os chupins da República estão consumindo toda a receita do País e não
sobra dinheiro para a segurança pública. Neste sentido, eu aprovei um projeto
no Senado, que está na Câmara, parado. O referido projeto obriga a aplicação
integral dos recursos do orçamento na segurança pública, sob pena de crime de
responsabilidade sujeito ao ministro da Justiça e ao presidente da República.
Este projeto está parado estrategicamente na Câmara e nunca é aprovado.
Portanto, recurso é fundamental e é evidente que depois temos que trabalhar o
aparelhamento do Estado para defender o cidadão. No meu entendimento, temos que
armar é o Estado para ele defender o cidadão, sem prejuízo do uso de arma.
Claro, quem quiser usar uma arma, certamente vamos flexibilizar essa legislação
para permitir o uso correto de uma arma. Contudo, quem não puder se armar, como
fazer? – São 52% da população abaixo da linha da pobreza. A maioria dos
brasileiros não tem sequer dinheiro para comprar alimentos e remédios. Por
isso, nós temos que armar o Estado. O Estado tem que defender ricos e pobres”,
disse o senador.
A PROBLEMÁTICA DO DESEMPREGO
Indagamos o presidenciável sobre a falta
de emprego no Brasil, onde o povo é trabalhador e ordeiro, mas falta trabalho.
Perguntamos como resolver o problema de imediato. O paranaense não pensou duas
vezes e completou: “Também o início é solucionado em Brasília e com a
refundação da República. Todas as reformas necessárias precisam ser
implementadas. A reforma tributária, o sistema federativo, a reforma da
previdência e a reforma da educação. Todas essas certamente são reformas
essenciais que vão alavancar o progresso e o desenvolvimento com geração de
emprego e renda. A reforma tributária, por exemplo, é um instrumento poderoso
para a geração de empregos. Se reduzirmos a carga tributária, a economia vai
crescer mais. Com o crescimento da economia, indiscutivelmente vai gerar a
oportunidade de trabalhos e salários. Obviamente, o governo vai arrecadar mais
com a população pagando menos impostos, portanto a receita será maior. Por isso
é uma reforma essencial. Quando se fala em política econômica e geração de
empregos, a reforma tributária é fundamental”, arrematou.
ÁLVARO DIAS EXIGE O FIM DO FORO
PRIVILEGIADO
Perguntamos para Álvaro Dias o seguinte: O
Brasil nunca passou por uma limpeza tão grande como a da Operação Lava Jato,
que se arrasta desde março de 2014. Na sua opinião, a Lava Jato está chegando
ao final e seu papel foi cumprido? – Ele disse sem pestanejar: “Está cumprindo
exemplarmente o seu papel, mas falta algo para complementação, ou seja: o fim
do foro privilegiado. A manutenção do foro privilegiado ao final vai deixar uma
sensação de impunidade, pois muitas autoridades não serão sequer julgadas. As
ações prescreverão e a impunidade derrota a justiça! Para comemorar o
surgimento de uma nova justiça no Brasil, nós precisamos de acabar, já, com o
foro privilegiado. O meu projeto foi aprovado no Senado. Se a Câmara aprovar o
fim do foro privilegiado, a Operação Lava Jato será um sucesso retumbante, pois
as autoridades com mandato também poderão ser presas e responsabilizadas civil
e criminalmente, e colocadas na prisão”, completou Álvaro Dias.
A PRISÃO DE LULA!
Questionamos o presidenciável sobre a
possível prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pelo TRF-4 em segunda
instância. Perguntamos o que acha se, no caso de prisão, ela ocorrerá breve ou
se vai demorar – De forma pausada, o senador argumentou: “A legislação manda a
prisão do Lula ser efetivada e nós temos que respeitar. Se nós advogamos o
estado de direito, obviamente temos que respeitar a legislação vigente. A
procuradora-geral da República Raquel Dodge, no dia de ontem, 14/02, encaminhou
ao Supremo o seu parecer contra o habeas corpus que tenta impedir a
prisão do ex-presidente Lula. Ela foi taxativa e disse que condenado em segunda
instância tem que ir para a prisão. Dodge disse mais, que a prisão do
ex-presidente Lula extingue a constrangedora distorção existente na legislação
do processo penal. Portanto, se nós queremos consolidar o processo democrático
em respeito ao estado de direito, temos que cumprir a legislação, e ninguém
está acima da lei, mesmo sendo um ex-presidente da República”, disse.
A ECONOMIA E A DISTRIBUIÇÃO DE RENDAS
Outro questionamento da reportagem foi
sobre economia e perguntamos: ‘Muitos analistas falam sobre o crescimento
econômico priorizando o social. Qual sua opinião sobre o assunto? De forma professoral
o senador paranaense opinou: “É evidente que houve uma época em que se advogava
o crescimento do bolo primeiro, para depois dividi-lo. Foi na época do
ex-ministro da fazenda Delfim Netto. Hoje nós temos que trabalhar com as duas
vertentes: o crescimento da economia e a distribuição de renda. Neste caso, eu
volto à reforma tributária, que é um instrumento poderoso de distribuição de
renda. Nós podemos fazer a economia crescer distribuindo renda, por meio do
imposto de renda. Nós podemos reduzir e enxugar o sistema tributário. Temos
mais de 70 itens entre taxas, impostos e contribuições sociais. Podemos criar o
imposto de movimentação financeira, extinguindo todas as siglas de impostos e
adotar o imposto de renda só para os ganhos mais elevados. Com isso, nós vamos
distribuir rendas, fazer justiça social e obviamente reduzir o preço dos
produtos. Ao reduzir a carga tributária, vamos reduzir o preço dos produtos que
são consumidos. Certamente a arrecadação não sofrerá prejuízo, pois continuará
inteira e poderemos trabalhar uma alíquota para o imposto de movimentação
financeira, que corresponda às necessidades atuais. Neste caso, todos pagarão.
Quem ganhar mais pagará mais e, quem ganhar menos pagará menos. A economia
crescerá mais e o governo arrecadará muito mais. Isto é essencial e poderemos
promover uma política efetiva de distribuição de renda”, ensinou Álvaro Dias.
A LUTA DE DAVI CONTRA GOLIAS
A pergunta seguinte para o presidenciável
do Paraná foi sobre coligações:
Apesar de ser um importante debatedor no
Congresso Nacional, o senhor pertence a um partido pequeno e com pouco tempo de
rádio e televisão. O senhor conseguirá unir partidos para ampliar o seu espaço
nos meios de comunicação, que permitam ao senhor mostrar seu projeto para todo
o país antes do dia da eleição? Ele já tinha a resposta na ponta da língua:
“Estou tentando quebrar paradigmas. O lógico para ganhar uma eleição
presidencial é ter uma ampla coligação e estruturas alargadas. Nós pensamos diferente e achamos que o eleitor
está muito mais ligado do que antes e certamente vai dispensar os
intermediários. Ao nosso ver será estabelecida uma relação direta do eleitor
com o candidato. Desta forma, as estruturas perderão para o conceito, para a
imagem, para a postura e para as propostas também; sobretudo, para o histórico
e o passado vivido. Eu acredito firmemente que a nossa história nesta eleição
será como a de Davi contra Golias. É isso que poderá acontecer! Davi derrotou
Golias e, nesta eleição um candidato de um partido menor, mas com o passado
limpo e preparo para governar, poderá derrotar candidatos com amplas alianças,
mas que não têm o histórico que o povo almeja. Neste sentido, a população está
atenta e sabe que o bolo fica muito pequeno para todo mundo comer. Se todos
estão do lado de lá: os políticos tradicionais, os partidos poderosos, entre
outros; a população poderá vir para o lado de cá, pois ela é inteligente! Estou
apostando na inteligência das pessoas, e precisamos substituir este sistema, ou
seja: o sistema das coligações ampliadas que têm custado muito caro ao Brasil
pelo fato de elas serem construídas na base do toma lá, dá cá! Vale lembrar que
o loteamento de cargos puxa para baixo a qualidade da gestão. É por isso que o
Brasil está mal. Nós esperamos que a nossa comunicação forte, coerente e
verdadeira mude o tradicional pelo necessário e melhor. Se houver a
possibilidade de uma coligação menor, com partidos que aceitem as novas
propostas de mudança, o rompimento com o sistema atual, aceitaremos os novos
companheiros. Não vamos negociar nossas convicções e não vamos alterar nossas
propostas”, argumentou o presidenciável.
PALAVRA DE ESPERANÇA PARA OS BRASILEIROS
Ao final, pedimos que Álvaro Dias enviasse
por meio da reportagem do Diário da Manhã uma palavra de esperança para
o povo brasileiro. Ele não perdeu tempo e finalizou: “Eu vou aqui ressuscitar a
canção de Raul Seixas: ‘Tenha fé em Deus, tenha fé na vida, e tente outra vez.’
A decepção é grande, a desesperança campeia, mas é preciso reviver a fé
perdida. É preciso ressuscitar as esperanças que foram sepultadas. É preciso
caminhar esse caminho difícil de caminhar, mas que vai nos levar ao futuro. Nós
temos que trabalhar a coesão na busca de um destino, um destino melhor para o
Brasil. Acho que temos que ter esperança”, concluiu Álvaro Dias.
Percebemos que a pré-campanha do ilustre
senador e ex-governador do Paraná está sendo construída tijolo por tijolo, ou
seja: devagar e sempre! O governadorável carioca, o senador Romário de Souza Faria,
é sem dúvidas umas das estrelas do time que o presidenciável quer formar. O
baixinho da pequena área e ex-jogador da Seleção Brasileira está levantando a
poeira no estado onde foi decretada a intervenção pelo presidente Michel Temer.
Na última pesquisa de opinião para governador do Rio de Janeiro, o ex-atleta é
o primeiro colocado com 15,5% de intenção de votos, enquanto que o ex-prefeito
César Maia, pai do presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia, tem 10,2%. O
terceiro colocado é também outro ex-prefeito, Eduardo Paes com 9,2%, entre
outros com menor expressão.
O prefeito de Betim-MG, Vittorio Medioli,
conhecido por seu fabuloso poder econômico, é outro que integra a seleção de
craques que está sendo formada pelo técnico Álvaro Dias. Em Brasília, o partido
de Álvaro Dias está bem estruturado e poderá surpreender. O deputado distrital
Rodrigo Delmasso tem tudo para ser um dos mais votados para o parlamento
distrital. Por outro lado, a empresária e ex-deputada Eliana Pedrosa, filiada
ao Podemos, trabalha diuturnamente para viabilizar sua candidatura rumo ao
Palácio do Buriti e fazer palanque forte para Álvaro Dias no DF. O ex-senador e
ex-ministro do TCU, Valmir Campelo, filiado ao PPS do DF, está de malas prontas
para jogar na linha de frente do projeto de Álvaro Dias em Brasília e no
Brasil. Estiveram também com o senador paranaense o deputado federal Izalci
Lucas e o deputado distrital Robério Negreiros, ambos do PSDB. Tudo indica que
os tucanos poderão desembarcar como atacantes do time dos sonhos de Álvaro
Dias. Desejamos sorte ao senador paranaense!
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